segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os médicos e os planos de saúde

Faz cerca de dez anos, entidades médicas nacionais e de São Paulo lançaram uma campanha para alertar os cidadãos sobre os abusos das empresas da saúde suplementar. Com o slogan “Há planos de saúde que enfiam a faca em você e tiram o sangue dos médicos”, publicidades em diversas mídias abriram discussão sobre práticas condenáveis, como as pressões de certas operadoras para os profissionais de medicina reduzirem o pedido de exames, de internações, entre outros procedimentos.

Além da questão da interferência na autonomia da medicina, com evidentes prejuízos e riscos aos pacientes, a campanha denunciava os honorários vis, o descredenciamento unilateral, entre outros problemas. Já estávamos sob a vigência da lei 9656/98. A normatização e a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar indicavam, contudo, que o quadro talvez sofresse mudanças.

O tempo passou. Porém, os graves conflitos entre empresas e prestadores de serviços prosseguem. Na falta de uma política de reajuste para os honorários e procedimentos, o trabalho médico foi cada vez mais aviltado. Por outro lado, houve cortes de investimentos irracionais, com perdas importantes nas redes credenciadas; e a prestação da assistência aos pacientes despencou em qualidade.

Hoje, em campanha publicitária, os ginecologistas e obstetras chamam a atenção da população para o caos do setor; e clamam por mais qualidade no atendimento à mulher e pela valorização do trabalho dos médicos. Retratam, enfim, o que acontece em todo o meio. Não há uma só especialidade médica satisfeita com as empresas de saúde suplementar. Ao contrário, a insatisfação é generalizada e, a qualquer momento, pode haver um processo de paralisação ou de descredenciamento em massa, como já se iniciou com os pediatras em vários estados.

Ao tornar públicos tais problemas, os médicos buscam chamar à responsabilidade os agentes do setor. Como faz agora a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, a SOGESP, as demais entidades médicas querem uma saúde suplementar eficiente e eficaz, que garanta aos cidadãos o melhor da medicina.

Anos atrás, ao analisar o problema em sua coluna jornalística, o dr. Dráuzio Varella dizia: “Aos médicos, que atendem a troco de tão pouco, só resta a alternativa de explicar à população que é tarefa impossível trabalhar nessas condições e pedir descredenciamento em massa dos planos que oferecem remuneração vil. É mais respeitoso com a medicina procurar outros meios de ganhar a vida...”

Infelizmente, a situação não mudou. Resultado: os médicos anunciam que estão na porta de saída.
Aproveitando esse brilhante artigo de poucas palavras porém muito esclarecedor, convido a população a invocar seus direitos utilizando a justiça. Os Advogados especializados na área na saúde são os maiores aliados dos médicos e em especial dos pacientes. Como Presidente da Ong Portal Saúde, a falta de interesse na divulgação dos direitos portadores de qualquer doença faz parte de uma máfia velada que envolve diferentes segmentos da sociedade: Planos de Saúde, SUS, Estados e Governos, ANS e todos os entes federativos.
Para aqueles que desconhecem, a justiça na área da saúde funciona de forma rápida, hoje é possível resolver um problema em questão de horas, conduto, é importante consultar um profissional especialista. É preciso que todos nós brasileiros façamos um esforço coletivo em lutar pelo que nos é de direito. Não vamos abaixar a cabeça para as constantes negativas dos Planos de Saúde que pagamos mensalmente, com muita dificuldade para obter o mínimo de dignidade humana na hora de maior aflição.  A ONG Portal Saúde disponibiliza atendimento SEM CUSTO para todo aquele que sofre nas mãos de um plano de saúde, consulta para esclarecer todas as dúvidas.

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